PE-10 Perfil HPLC- DAD, atividade antioxidante e avaliação da qualidade microbiológica de quatro espécies de flores comestíveis
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Keywords

Avaliação microbiológica
Composição fitoquímica
Propriedades antioxidantes

How to Cite

Faria Verdan, L. F., Celestino Barbosa, T., Correia Santana, D., & Coutinho Endringer, D. (2025). PE-10 Perfil HPLC- DAD, atividade antioxidante e avaliação da qualidade microbiológica de quatro espécies de flores comestíveis. JORNAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E FARMACOECONOMIA, 10(s1). https://doi.org/10.22563/2525-7323.2025.v10.e00185

Abstract

Introdução: Flores comestíveis são amplamente utilizadas na gastronomia devido ao seu aroma, sabor e potencial funcional. Elas são ricas em compostos bioativos, como flavonoides e ácidos fenólicos, que apresentam propriedades antioxidantes. No entanto, sua segurança microbiológica deve ser considerada, pois podem ser contaminadas por microrganismos patogênicos. Assim, este estudo teve como objetivo caracterizar o perfil fitoquímico, avaliar a atividade antioxidante e analisar a qualidade microbiológica de quatro espécies de flores comestíveis: Murraya paniculata, Arachis pintoi, Antigonon leptopus e Ixora coccínea. Objetivo: Identificar o perfil fitoquímico e avaliar a qualidade microbiológica das flores comestíveis Murraya paniculata, Arachis pintoi, Antigonon leptopus e Ixora coccínea. Material e Método: A atividade antioxidante foi avaliada por ensaios colorimétricos DPPH, ABTS e FRAP. A caracterização dos compostos bioativos foi realizada por Cromatografia Líquida de Ultra Performance- Espectrometria de Massas Tandem (UPLC-MS), e análises microbiológicas foram conduzidas para detectar Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Salmonella sp. Resultados e Discussão: Avaliação microbiológica revelou a ausência de Salmonella sp. em todas as amostras analisadas, um achado relevante para a segurança alimentar dessas espécies. No entanto, foram detectadas contagens significativas de Staphylococcus aureus em todas as flores testadas, com a maior concentração observada em Arachis pintoi (1,765 × 104 UFC/mL), seguida por Murraya paniculata (9,3 × 103 UFC/mL), Ixora coccínea (2,35 × 103 UFC/mL) e Antigonon leptopus (2,2 × 103 UFC/mL). A presença dessa bactéria pode estar associada ao manuseio inadequado ou à contaminação ambiental. Adicionalmente, Escherichia coli foi identificada exclusivamente em Arachis pintoi (1,13 × 104 UFC/mL), sugerindo possível contaminação fecal, possivelmente relacionada à exposição a fontes de água ou solo contaminados. A avaliação da atividade antioxidante revelou diferenças estatisticamente significativas entre as espécies analisadas. Ixora coccínea demonstrou a maior capacidade antioxidante nos ensaios ABTS (IC50 = 0,130 μg/mL) e DPPH (IC50 = 0,156 μg/mL), sugerindo um elevado potencial de neutralização de radicais livres. No método FRAP, Murraya paniculata apresentou a maior atividade antioxidante (IC50 = 0,100 μg/mL), indicando
uma notável capacidade redutora. Por outro lado, Arachis pintoi exibiu os maiores valores de IC50 no ensaio DPPH (4,4E+16 μg/mL), refletindo uma atividade antioxidante consideravelmente inferior quando comparada às demais espécies. A caracterização fitoquímica por HPLC-DAD possibilitou a identificação e quantificação de compostos fenólicos majoritários em cada espécie. Ixora coccínea destacou-se pela elevada concentração de catequina (81.850,03 μg/mg), um flavonoide amplamente reconhecido por suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Antigonon leptopus apresentou os maiores níveis de rutina (3.810,87 μg/mg), um composto bioativo associado à modulação do estresse oxidativo. Murraya paniculata foi a única espécie a conter ácido cafeico em níveis detectáveis (7.940,06 μg/mg) e apresentou a maior concentração de ácido clorogênico (50,50 μg/mg), um
ácido fenólico com ação antioxidante e anti-inflamatória amplamente estudada. Conclusões: Os resultados destacam o potencial antioxidante e os riscos microbiológicos das flores comestíveis, sublinhando a importância de práticas de manejo adequadas. Estes achados fornecem uma base para o desenvolvimento de produtos alimentares seguros e indicam a necessidade de mais pesquisas para explorar a diversidade fitoquímica e mitigar riscos associados ao consumo de flores.

https://doi.org/10.22563/2525-7323.2025.v10.e00185
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