Avaliações de Indicadores de Gestão Hospitalar em Pacientes com Esclerose Múltipla
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Como Citar

Aragon de Vecino, M. C., Batista de Oliveira Silva Rossi, C., Zorzo, I., & Jauquin de Abreu, S. (2023). Avaliações de Indicadores de Gestão Hospitalar em Pacientes com Esclerose Múltipla. JORNAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E FARMACOECONOMIA, 1(s.1). https://doi.org/10.22563/2525-7323.2022.v1.s1.p.65

Resumo

A Esclerose Múltipla (EM) é a mais prevalente entre as doenças desmielinizantes do Sistema Nervoso Central, enfatizando o crescente aumento de casos mundialmente. Embora importantes avanços terapêuticos para essa doença tenham surgido na última década, a população com EM apresenta taxas de hospitalização mais altas em relação a população geral e o impacto socioeconômico dessa doença permanece relevante. A construção do projeto atual é focada em estudar os indicadores de gestão em pacientes com Esclerose Múltipla, com objetivo de planejar melhorias no atendimento à essa população e as escolhas de manejo clínico. Trata-se de um estudo observacional retrospectivo, com inclusão de casos mediante prontuários clínicos. Serão analisados os seguintes dados: idade, sexo, etnia, tempo de doença, ocorrência de surtos em 1 ano, EDSS, tratamentos, comorbidades, objetivando identificar o perfil dos pacientes hospitalizados e elucidar quais são as variáveis capazes de auxiliar no diagnóstico mais precoce, visto a maior longevidade devido avanço terapêutico. Quanto aos indicadores, serão estudados: Número de Internações no período e de pacientes internados, mensurando a produção; Tempo Médio de Permanência, mensurando eficiência; Reinternação e taxa de mortalidade, mensurando qualidade médico assistencial. Resultados: Foram analisadas 332 internações em 153 pacientes (mensurando produção), resultando em média de 2,16 com valor máximo de 18 e mínimo de 1 internação por paciente, sendo a maioria em mulheres (75%). A média de idade foi de 36 ± 7,8 anos em 26,5% dos pacientes entre 18-39 anos. A maioria dos pacientes era do sexo feminino (75%) e autodeclarada branca (94,8%). A mortalidade hospitalar foi de 2,4% (mensurando a qualidade médico assistencial) e o tempo médio de permanência foi de 6,5 dias (mensurando a eficiência). O principal motivo de internação da população estudada está relacionada a exacerbação da doença, onda a maioria dos pacientes internaram para tratamento com pulsoterapia durante o período de 5 dias. A maioria dos pacientes internados tinham outras comorbidades, como infecções, doenças cardiovasculares e psiquiátricas. Confirmouse o elevado número de reinternações nesta população, sendo a EDSS da maior parte dos internados abaixo de 3,5. Internações de pacientes com EM podem ser reavaliadas afim de diminuir os custos hospitalares e, principalmente, aumentar a qualidade de vida destes casos, considerando a realização de procedimentos a nível ambulatorial.

 

https://doi.org/10.22563/2525-7323.2022.v1.s1.p.65
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