PE-05 Análises físico-químicas qualitativas de méis vendidos em uma feira popular do Município de Vila Velha - ES
PDF - Português

Palavras-chave

Análise de Alimentos
Legislação sobre Alimentos
Padrão de Identidade e Qualidade do Mel

Como Citar

Torres Müller, C. J., Nascimento Martins, M., Santos Breda, R., & Vieira Costa, M. (2025). PE-05 Análises físico-químicas qualitativas de méis vendidos em uma feira popular do Município de Vila Velha - ES. JORNAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E FARMACOECONOMIA, 10(s1). https://doi.org/10.22563/2525-7323.2025.v10.e00180

Resumo

Introdução: O mel é um produto alimentício, de alto valor nutritivo, muito procurado em supermercados, feiras e lojas de produ-
tos naturais e, por isso, de comercialização altamente rentável1. No intuito preservar a qualidade e evitar fraudes e adulteração

do mel, a Instrução Normativa no 11, de 2000 (IN-11), regulamenta as características mínimas do mel e os parâmetros físicos
químicos adequados para o seu consumo2. As feiras livres, vistas como locais de comercialização de produtos de boa qualidade

e de menor preço, por ocorrerem em lugares à céu aberto, podem configurar locais insalubres, que promovem no mel modifica-
ções devido a alterações de temperatura, exposição a luz e manipulação intensa3,4. Objetivo: Desta forma o objetivo do estudo

foi averiguar possíveis desvios de qualidade dos méis vendidos em uma feira popular de Vila Velha-ES. Material e Método: Para
a análise, foram colhidos 1 amostra de mel de 5 barracas escolhidas aleatoriamente na feira de Vila Velha e codificadas como
amostra 1, 2, 3, 4, 5. As amostras de méis, um xarope a base de glicose (indicador positivo para amido hidrolisado - amostra
X), e uma amostra de mel de um supermercado, (mel mantido em lugar supostamente higiênico, em temperatura climatizada,
longe da exposição ao Sol – amostra M), foram submetidas a análises qualitativas de qualidade de mel, como o teste de Fiehe
para determinação da presença hidroximetilfurfural, o teste de atividade diatásica, reação de Lund, para a determinação de
albuminoides e a reação de Lugol, para determinação da presença de amido hidrolisado. Todas as análises foram conduzidas de
acordo com as normas descritas pelo Instituto Adolf Lutz5. Resultados e Discussão: No teste de Fiehe, em comparação à X e a
prova em branco, as amostras 1, 2 e 3 apresentaram coloração intensa maior que a apresentada pela amostra X, e as amostra
4, 5 e M se apresentaram, sem coloração avermelhada (4), ou com coloração semelhante à de X (5 e M). Na determinação de
atividade diastásica, em comparação à X e a prova em branco, as amostras 1, 2 e 3 apresentaram coloração intensa roxeada,
semelhante à X e a prova em branco, e as amostras 4, 5 e M apresentaram desde coloração amarelada (4) a levemente azulada
(5 e M). Nas análises da reação de Lund, em comparação à X, as amostras 1 e 2 não apresentaram precipitados de proteínas
desnaturados pelo ácido tânico. Já as amostras 3, 4, 5 e M apresentaram volumes de precipitações de 2 mL (3 e M), 3 mL (4)
e 4 mL (5). Por fim, nas análises da reação de Lugol, observou-se, que em comparação à X e a prova em branco, as amostras
1, 2 e 3 apresentaram coloração intensa roxeada escura, semelhante a X, e as amostras 4, 5 e M apresentaram coloração
amarronzada, semelhante a cor do Lugol da prova em branco. Conclusões: Comparados aos parâmetros estabelecidos pela
IN-11 somente a amostra 4 foi aprovada em todas as análises de qualidade. A amostra 5 foi reprovada somente em 1 destas
análises, enquanto as amostras 1, 2 e 3 foram reprovadas em todas as análises qualitativa de qualidade.

https://doi.org/10.22563/2525-7323.2025.v10.e00180
PDF - Português
Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2025 Cláudia Janaina Torres Müller, Márcia Nascimento Martins, Rodrigo Santos Breda, Márcio Vieira Costa