PE-07 Avaliação da qualidade físico-químicas do guaraná (paullinia cupana) comercializado em uma Cidade do Sul Capixaba
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Palavras-chave

Controle de qualidade
Qualidade Físico-Química

Como Citar

Braga Perin, J. L., Bitiler Gallo, M., Severi, J. A., & Moreira Baptista, R. (2025). PE-07 Avaliação da qualidade físico-químicas do guaraná (paullinia cupana) comercializado em uma Cidade do Sul Capixaba. JORNAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E FARMACOECONOMIA, 10(s1). https://doi.org/10.22563/2525-7323.2025.v10.e00182

Resumo

Introdução: O guaraná em pó, extraído das sementes do guaranazeiro (Paullinia cupana). empregado em refrigerantes e su-
plementos, por suas propriedades estimulantes, lipolíticas e vasodilatadoras, devido à presença de cafeína e outros compostos

bioativos1. O Brasil lidera a produção global, seguido por Venezuela e Peru2. Nesse contexto, no município de Alegre, no Espírito
Santo, o guaraná em pó é distribuído em drogarias e lojas de suplementos para fins de desempenho cognitivo e físico. Além
disso, estudos apontam a ocorrência de adulterações nas amostras de guaraná, reforçando a necessidade de análise abrangente

das propriedades físico-químicas3. No entanto, há escassez de informações sobre a qualidade do produto comercializado, espe-
cialmente pela carência de pesquisas para o sul capixaba. Objetivo: Este estudo avaliou a qualidade físico-química do guaraná

em pó comercializado em Alegre, conforme os métodos da Farmacopeia Brasileira. Material e Método: Foram coletadas cinco
amostras de guaraná em pó nos principais comércios da cidade. As amostras, em embalagens originais, foram encaminhadas
ao laboratório de farmacognosia para preparo e análise. Em conformidade com a sexta edição da Farmacopeia Brasileira de
Plantas Medicinais, as amostras coletadas nomeadas de A a E foram analisadas os seguintes ensaios: descrição microscópica

do pó; determinação de matéria estranha; determinação de cinzas totais; quantificação de perda por dessecação e cromato-
grafia em camada delgada (CCD) para a identificação de cafeína. Resultados e Discussão: Na análise por microscopia óptica,

foram observadas variações dimensionais compatíveis com células vegetais em boa dissociação, além de sujidades na amostra
E. Já as amostras A e B , foram identificadas células mais alongadas, enquanto, na amostra C e E, as células apresentaram-se
mais compactadas. Já na amostra D, mostrou-se irregular. Na análise de matéria estranha, observou-se que apenas a amostra E

quase chega ao limite de 3% para matéria estranha, alcançando um percentual de 2,63%. Quanto à determinação de cinzas to-
tais, os porcentuais obtidos foram: amostra A (4,11%), amostra B (5,76%), amostra C (2,57%), amostra D (3,33%) e amostra

E (2,81%), mas é necessário realizar testes como cinzas insolúveis em ácido para confirmação deste resultado. Na CCD, todas
as amostras apresentaram presença de cafeína, com fator de retenção idêntico à solução padrão de cafeína (0,70), indicando
migração equivalente Conclusões: As análises físico-químicas indicaram variações entre as amostras de guaraná comercializado
em Alegre, com destaque para uma amostra que apresentou sujidades. As análises de cinzas totais e microscópicas também

apresentaram alterações significativas. A presença de cafeína foi confirmada em todas com fator de retenção igual. Os resulta-
dos reforçam a necessidade de maior controle de qualidade e padronização do produto comercializado na cidade.

https://doi.org/10.22563/2525-7323.2025.v10.e00182
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Copyright (c) 2025 João Lucas Braga Perin, Marcella Bitiler Gallo, Juliana Aparecida Severi, Rodolfo Moreira Baptista