Resumo
Introdução: A saúde mental dos estudantes universitários tem sido instrumento de crescente atenção, devido ao impacto
significativo que transtornos mentais podem exercer sobre sua qualidade de vida e desempenho acadêmico. Sendo assim,
destacam-se os Transtornos Mentais Comuns (TMC), que englobam condições como depressão leve e ansiedade, que podem
ser desencadeados ou agravados por fatores como estresse, carga horária excessiva e dificuldades de adaptação ao ambiente
universitário.1,2,3 Estudos indicam que a universidade é um ambiente propício para o desenvolvimento desses transtornos, cuja
prevalência entre estudantes tem sido amplamente documentada.4 Pesquisas indicam que o suporte institucional e as políticas
de assistência estudantil podem influenciar diretamente na saúde mental dos alunos, ajudando a mitigar os efeitos negativos
do ambiente acadêmico.1,3 Objetivo: Avaliar a prevalência de transtornos mentais comuns entre universitários da área da saúde de uma Universidade Pública, identificando os aspectos associados que podem influenciar sua qualidade de vida e desempenho acadêmico. Material e Método: Este estudo, aprovado pelo CEP/UFES sob protocolo 74881023.4.0000.8151, utilizou um questionário autoaplicável com questões sociodemográficas, acadêmicas e de hábitos de vida . A presença de Transtornos Mentais Comuns foi avaliada por meio do Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) adaptado por Santos et al.4 A coleta de dados ocorreu anonimamente com estudantes de dois cursos superiores. A análise dos dados utilizou-se de estatísticas descritivas para determinar a prevalência e as associações entre as variáveis. Resultados e Discussão: A amostra foi composta por 210 estudantes, com mediana de idade de 21 (18-38) anos, a maioria sendo mulheres cis (78,1%) e heterossexuais (83,3%). Dos participantes, 42,9% moram em repúblicas, 77,6% estão apenas estudando; 45,7 % têm renda familiar de até 3 salários mínimos e 80% cursaram o ensino médio em escola pública. A prevalência de transtornos mentais comuns foi de 71,9%, evidenciando-se a necessidade de atenção à saúde mental no âmbito universitário. Conclusões: Os resultados deste estudo revelam uma alta prevalência de transtornos mentais comuns entre discentes da área da saúde. Portanto, ressalta-se a urgência de implementar estratégias de apoio psicológico e intervenções direcionadas a fim de promover a saúde mental no ambiente acadêmico.

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Copyright (c) 2025 Maria Eduarda Santos Zignago, Carolina Reis Betini, Lara Ribeiro de Castro Freitas, Lívia Santos de Paula Freitas, Quésia Antunes Pereira, Maxwell Feliciano Simões, Fabiana Dayse Magalhães Siman Meira