PE-47 Perfil farmacoterapêutico de pacientes com lúpus eritematoso sistêmico atendidos no Hospital Universitário da Universidade Federal do Espírito Santo
PDF - Português

Palavras-chave

Adesão ao Tratamento
Farmácia clínica
Lúpus

Como Citar

Bosi Sandoval, G., Ferreira Oliveira, N., Ferreira Pinto, G., Alessandra Ferreira, S., Stancine Santos Rocha, K., & Alexandre Trés Pancoto, J. (2025). PE-47 Perfil farmacoterapêutico de pacientes com lúpus eritematoso sistêmico atendidos no Hospital Universitário da Universidade Federal do Espírito Santo. JORNAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E FARMACOECONOMIA, 10(s1). https://doi.org/10.22563/2525-7323.2025.v10.e00222

Resumo

Introdução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença autoimune multissistêmica, caracterizada por períodos de
remissões e recidivas. Conhecer o perfil farmacoterapêutico de pacientes com LES permite identificar e atender às necessidades
específicas dos pacientes, e contribui para a promoção de um cuidado mais efetivo. Objetivo: Diante disso, este estudo teve
como objetivo conhecer o perfil farmacoterapêutico de pacientes com LES atendidos em um hospital universitário no sudeste do Brasil. Material e Método: Trata-se de um estudo observacional, transversal, de natureza exploratória, realizado de Dezembro/2023 a Abril/2024, no ambulatório de Reumatologia do Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (HUCAM), localizado na cidade de Vitória/ES. Pacientes (n=150) com diagnóstico de LES foram convidados a participar do estudo. Pes-
quisadores treinados entrevistaram os pacientes para coleta de dados sociodemográficos e farmacoterapêuticos. Os prontuários dos pacientes também foram consultados. Os dados foram apresentados por estatística descritiva. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Local CEP/HUCAM (protocolo #6.277.852/2023). Resultados e Discussão: Neste estudo, foram avaliados 150 pacientes com LES, com média de idade de 38 anos, tempo médio de diagnóstico de 15 anos, doença ativa (SLEDAI≥ 1) (n=94, 63%), cuja maioria era do sexo feminino (n=140, 94%). Estudos mostram que o LES atinge principalmente as mulheres jovens, com idade entre 25,5 a 45,8 anos. As principais comorbidades apresentadas pelos pacientes foram nefrite (n=58, 38.7%), artrite (n=66 44%), hipertensão (n=41, 27.3%), rash malar (n=34, 22.7%) e alopecia (n=32,
21.3%). Os medicamentos mais utilizados para o tratamento do LES e comorbidades associadas foram a Hidroxicloroquina
(n=112, 74.4%), Prednisona (n=56, 37.3%), Losartana (n=64, 42,7%), Cálcio (n=69, 46%) + Vitamina D (n=81, 54%), Micofenolato (n=52, 34.7%) além do uso de imunobiológicos Belimumabe (n=5, 3,3%) e Rituximabe (n=18, 12%). O uso de diferentes classes terapêuticas está de acordo com protocolos e diretrizes, uma vez que são necessárias para tratamento do LES e das comorbidades associadas. Adicionalmente, foi observado que os pacientes apresentaram alta frequência de medicamentos antidepressivos (n=89, 58,7%), com destaque para Fluoxetina e Amitriptilina, entretanto somente sete pacientes relataram possuir diagnóstico de transtorno depressivo. Esses dados reforçam a necessidade de investigar questões de saúde mental nesta população. Conclusões: O perfil sociodemográfico e farmacoterapêutico dos pacientes com LES atendidos no HUCAM segue a tendência nacional, caracterizada por mulheres e com regime de tratamento que engloba diversas classes terapêuticas para tratar a LES e as comorbidades associadas. Dada a alta prevalência de antidepressivos, questões relacionadas à saúde mental parecem ser uma problemática enfrentada pelos participantes do estudo e que precisa ser melhor investigada em futuros estudos.

https://doi.org/10.22563/2525-7323.2025.v10.e00222
PDF - Português
Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2025 Giovana Bosi Sandoval, Natalia Ferreira Oliveira, Gabriel Ferreira Pinto, Sheilla Alessandra Ferreira, Kérilin Stancine Santos Rocha, João Alexandre Trés Pancoto