PE-64 Prevalência do uso de fármacos indutores do sono por acadêmicos dos cursos de ciências biológicas e agronomia em uma universidade no Norte do Espírito Santo
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Palavras-chave

Automedicação
Distúrbios do sono
Indutores do sono
Universitários

Como Citar

Reinhold Roos Pinheiro, M., do Carmo Brito, W., Manvailer Martins, J., Soprani dos Santos, A., & Camin de Bortoli, V. (2025). PE-64 Prevalência do uso de fármacos indutores do sono por acadêmicos dos cursos de ciências biológicas e agronomia em uma universidade no Norte do Espírito Santo. JORNAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E FARMACOECONOMIA, 10(s1). https://doi.org/10.22563/2525-7323.2025.v10.e00239

Resumo

Introdução: Os distúrbios do sono podem ter diversas causas e classificações, sendo os hábitos inadequados de sono e o estresse emocional alguns dos principais fatores desencadeantes. Estudantes universitários, frequentemente submetidos a intensas demandas acadêmicas e situações de pressão, tendem a negligenciar o sono em prol de suas atividades acadêmicas. Esse comportamento pode levar ao desenvolvimento de transtornos do sono, que afetam negativamente a memória, a produtividade e a qualidade de vida como um todo. Nesse cenário, muitos recorrem a adoção de alternativas farmacológicas, com o uso de medicamentos que induzem ou auxiliam na manutenção do sono como forma de tentar mitigar os efeitos da privação de descanso. Objetivo: Este estudo tem como objetivo analisar a prevalência do uso de fármacos indutores do sono pelos estudantes dos cursos de Ciências Biológicas e Agronomia de uma universidade no norte do Espírito Santo. Material e Método: Realizou-se um estudo com enfoque quantitativo, do tipo descritivo e transversal, com a participação de 163 estudantes dos cursos de Ciências Biológicas (bacharelado) e Agronomia. A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação de um questionário on-line, individual e anônimo, acessado via leitura de um QR Code. O instrumento continha informações socioeconômicas, demográficas e relacionadas ao uso de fármacos indutores do sono. Foram incluídos no estudo todos os estudantes que aceitaram participar e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A pesquisa foi conduzida no ano de 2024, e a análise estatística dos dados foi realizada com o auxílio do software Stata, versão 17.0. Este estudo seguiu as diretrizes da Resolução no 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, tendo sido aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Espírito Santo, campus São Mateus, sob o número 6.595.658. Resultados e Discussão: A maioria dos participantes era do sexo masculino (51,53%; n=84), com faixa etária predominante entre 18 e 21 anos (63,80%; n=104), e autodeclarou-se branca (52,15%; n=85). A maior parte dos acadêmicos possuía renda familiar de até um salário mínimo (39,26%; n=64). Observou-se que 42,33% (n=69) dos estudantes apresentavam má qualidade do sono, enquanto apenas 6,75% (n=11) relataram diagnóstico de algum transtorno do sono, sendo a insônia a condição mais frequente entre eles (45,45%; n=5). O uso de indutores do sono foi relatado por 11,65% (n=19) dos acadêmicos, sendo o “estudo” apontado como o principal fator associado à má qualidade do sono (48,47%; n=79). A melatonina foi o fármaco mais utilizado (36,84%; n=7), e mais da metade dos usuários (52,63%; n=10) adquiriu os medicamentos sem prescrição médica. Conclusões: Esses achados evidenciam a necessidade de estratégias institucionais voltadas à promoção da saúde mental e do sono, bem como de ações educativas que orientem os estudantes sobre os riscos da automedicação e a importância de buscar acompanhamento profissional adequado.

https://doi.org/10.22563/2525-7323.2025.v10.e00239
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