PE-023 Análise de custo comparativa entre a combinação de pertuzumabe e trastuzumabe em dose fixa Subcutânea (p+t sc) e o tratamento padrão no sus para pacientes com câncer de mama Metastático her-2+, em um hospital de oncologia de Pernambuco
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Palavras-chave

SUS
Farmacoeconomia
Câncer de mama
Metastático

Como Citar

Schmidt da Costa Miranda, L. A., Romão Cruz, J., Lopes Feitosa, W., de Alencar Farias, P. C., & de Carvalho Nogueira, S. H. (2025). PE-023 Análise de custo comparativa entre a combinação de pertuzumabe e trastuzumabe em dose fixa Subcutânea (p+t sc) e o tratamento padrão no sus para pacientes com câncer de mama Metastático her-2+, em um hospital de oncologia de Pernambuco. JORNAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E FARMACOECONOMIA, 9(s. 3). https://doi.org/10.22563/2525-7323.2025.v9.s3.p.40

Resumo

Introdução: O câncer de mama com superexpressão do fator de crescimento epidérmico humano 2 (HER-2) representa 18 a 30% dos casos dessa doença¹. Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza como tratamento o trastuzumabe intravenoso (T IV) e pertuzumabe IV (P IV) associados à quimioterapia citotóxica para pacientes com câncer de mama metastático¹. Outra opção, não disponível no SUS, é o P+T SC, que possui eficácia e segurança semelhante ao P IV + T IV². Sob o olhar do paciente o P+T SC é preferível, pois permite a redução no tempo de administração³.Ademais, a via SC minimiza os riscos de vias de acesso invasivas, como infecções, trombose e desconforto associado ao cateter4. No cenário logístico e financeiro, as formulações SC de imunobiológicos, quando comparados aos medicamentos IV, são responsáveis pela redução do tempo de trabalho dos profissionais da saúde, espera do paciente e custos associados4,5. Objetivo: Descrever e comparar os custos entre P+T SC e o P IV + T IV no tratamento do câncer de mama HER-2+ metastático. Material e Método: Estudo desenvolvido através do método de custeio em saúde. Foi realizado no Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), em junho de 2024, a partir de dados secundários obtidos do sistema informatizado do HCP e relatório da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC). Para a execução do estudo foi feita uma comparação entre os gastos reais do protocolo padronizado na instituição (P IV + T IV) e os gastos hipotéticos do P+T SC, considerando a população que realizou P IV + T IV no mês do estudo. Os valores dos protocolos foram produzidos com preços das tecnologias e os insumos utilizados na manipulação e administração. Resultados: A partir do levantamento dos dados, a amostra foi composta por 185 pacientes, com o peso médio de 70 kg e que realizaram um ciclo do protocolo padrão. Logo, o valor unitário deste protocolo foi de aproximadamente R$31.181,05 na dose de ataque e R$17.454,02 na manutenção. Segundo a CONITEC, estima-se que o preço da dose de ataque do P+T SC é R$13.586,44 e R$7.375,64 a manutenção. Considerando que todas as pacientes realizaram o esquema de manutenção com o protocolo padrão, o custo médio mensal aproximado foi R$3.228.993,70. Além disso, foram gastos 277 horas e 30 minutos de infusão. Baseando-se nesse mesmo quantitativo de pacientes, seriam gastos com o uso do P+T SC R$1.364.493,40, com um tempo de infusão de 15 horas e 42 minutos. Assim, estima-se que a incorporação do P+T SC possibilitaria uma economia de R$1.864.500,30 no mês, ademais o tempo gasto com um paciente no protocolo IV permitiria o atendimento de 18 pacientes com o P+T SC. Conclusões: Dessa forma, além da redução de custo direta do P+T SC em relação ao protocolo padrão, esse medicamento apresenta como vantagens a redução do tempo de infusão, que viabiliza o atendimento de um maior número de pacientes, reduzindo seu tempo de permanência no hospital, além de auxiliar na celeridade do fluxo de outros protocolos.

https://doi.org/10.22563/2525-7323.2025.v9.s3.p.40
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