PE-018 Perfil do paciente e caracterização do padrão de tratamento do melanoma avançado em dois centros privados de câncer no Brasil: um estudo do mundo real
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Palavras-chave

Melanoma
Tratamento do melanoma
Perfil de paciente
Estudo do mundo real.

Como Citar

Oliveira, A. P., Finardi Roubik, C., Mirandola, D., Herrero Geraldino, T., Yudji Etto, H., Neves de Carvalho, L. M., Cunha de Souza Martins, C. L., & Alves Ladislau, L. (2025). PE-018 Perfil do paciente e caracterização do padrão de tratamento do melanoma avançado em dois centros privados de câncer no Brasil: um estudo do mundo real. JORNAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E FARMACOECONOMIA, 9(s. 3). https://doi.org/10.22563/2525-7323.2025.v9.s3.p.35

Resumo

Introdução: O câncer de pele é o mais incidente entre os tipos de câncer no Brasil; apesar de representar apenas 4% desse tipo de tumor, o melanoma causa 75% das mortes. O estágio avançado do melanoma reduz em quatro vezes a taxa de sobrevida em comparação com a doença localizada. No entanto, o panorama do tratamento da doença avançada evoluiu significativamente com novas terapias, como as imunoterapias desde 2016, que promoveram maior sobrevida em relação à quimioterapia tradicional. Ainda assim, faltam dados sobre perfis de pacientes e padrões de tratamento para a condição no sistema de saúde privado brasileiro, dificultando decisões de tratamento informadas e análises críticas. Objetivo: Caracterizar dados clínicos e demográficos e padrões de tratamento de pacientes com melanoma avançado em dois centros oncológicos privados no Brasil. Material e Método: Estudo observacional, retrospectivo e não intervencional, baseado na revisão de prontuários de pacientes com melanoma avançado (estágio III ou IV) tratados entre janeiro de 2012 e dezembro de 2020 em dois centros privados de oncologia no Brasil. Variáveis quantitativas foram descritas por média, mediana, mínimo e máximo, incluindo desvio padrão, se aplicável. Variáveis qualitativas foram descritas por frequências absolutas (n) e relativas (%). As análises foram realizadas com o Software SSP v25.0. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética das instituições. Resultados: O estudo incluiu 185 pacientes, dos quais 62,7% eram homens (37,3% mulheres). A idade média foi de 62 (±14) anos e o peso médio foi de 78 (±17) kg. A classificação CID-10 mais frequente (64,3%) no diagnóstico foi melanoma maligno da pele (C43). Doença metastática (estágio IV) foi o primeiro diagnóstico relacionado ao melanoma para 39 pacientes (21,1%), em contraste com 98,4% que tinham um diagnóstico de estágio IV quando a condição avançada foi identificada. O tempo mediano entre o diagnóstico de melanoma avançado e o início do tratamento foi de 1,9 meses. Todos os pacientes receberam tratamento avançado de Primeira Linha (1L), sendo os mais comuns a monoterapia anti-PD-1 (39,5%), dacarbazina (18,4%), vemurafenibe (10,8%) e anti-CTLA-4 + anti-PD-1 (10,3%). Menos da metade passaram por uma terapia de segunda linha (n=85, 45,9%), enquanto 35 pacientes (18,9%) chegaram à terapia de terceira linha. de 2012 a 2015 (n=59 pacientes), a dacarbazina predominou como a principal terapia de 1L (47,5%). No entanto, a partir de 2016 (n=126), o cenário mudou com a aprovação da imunoterapia (anti-PD1 ± anti-CTLA4), estabelecendo-a como a escolha predominante para 1L (78,8%). Conclusões: Os achados deste estudo retrospectivo de mundo real destacam a idade avançada no diagnóstico, as características clínicas e o padrão de tratamento em evolução do melanoma avançado em dois centros de câncer no Brasil. Em particular, o surgimento da imunoterapia como uma escolha proeminente no tratamento de 1L, marcando uma mudança significativa em relação aos regimes de quimioterapia tradicionais.

https://doi.org/10.22563/2525-7323.2025.v9.s3.p.35
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