PE-039 Enoxaparina: da síntese de evidências ao protocolo clínico ampliado para profilaxia e tratamento de tromboembolismo venoso em gestantes e puérperas no Estado da Bahia.
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Palavras-chave

Enoxaparina; Tromboembolismo venoso; Avaliação de Tecnologias em Saúde; Protocolos clínicos.

Como Citar

Cardoso Spinola, G., de Castro dos Santos Silva, B., Nunes de Oliveira Costa, D., Gonçalves de Menezes, R., Fernandes de Almeida Mello, M., & Santos Silva, C. S. S. (2025). PE-039 Enoxaparina: da síntese de evidências ao protocolo clínico ampliado para profilaxia e tratamento de tromboembolismo venoso em gestantes e puérperas no Estado da Bahia. JORNAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E FARMACOECONOMIA, 9(s. 3). https://doi.org/10.22563/2525-7323.2024.v9.s3.p.56

Resumo

Introdução: As trombofilias são condições que podem aumentar o risco de trombose venosa (TEV). A prevenção do TEV está centrada na terapia com anticoagulantes para mulheres com fatores de risco adicionais à gestação. A enoxaparina é a anticoagulação de escolha. Muitas diretrizes concordam sobre a avaliação dos fatores de risco para TEV no início da gravidez, sendo que mulheres com alto risco estão recomendadas à tromboprofilaxia, porém sem consenso sobre os grupos de maior risco de TEV e duração da tromboprofilaxia. Objetivo: Avaliar eficácia, segurança e custos da enoxaparina para tromboprofilaxia em gestantes ou puérperas com risco para TEV, visando ampliação das indicações previstas no PCDT nacional vigente. Material e Método: O NATS-SESAB fez buscas nas bases MEDLINE; LILACS e Embase. A estratégia combinou população-alvo, enoxaparina e HBPM; filtros para Revisão Sistemática (RS) com ou sem Metanálise e publicações até 05 anos, sem restrição de idioma e do status da publicação. A elegibilidade dos estudos ocorreu em duas etapas por dois revisores e com discordâncias resolvidas por um terceiro revisor. Identificou-se 349 publicações. Após exclusões, 08 atenderam aos critérios de seleção. O impacto orçamentário usou valor e doses da enoxaparina, seu consumo hospitalar local e dados epidemiológicos. O ApuraSUS e o Epimed calcularam o custo diário, médio e anual do internamento obstétrico de gestantes com TEV na Bahia. Resultados: Redução de eventos tromboembólicos com HBPM; uma RS convergiu com o PCDT nacional; uma RS fez recomendações de profilaxia congruentes com as diretrizes do RCOG ao indicar diminuição dos eventos de TEV em gestantes de alto risco perinatal; RS apresentou redução destes eventos em puérperas que não fizeram uso de anticoagulação no anteparto; aumento de risco de eventos hemorrágicos nas gestantes agravando na FIV; redução no risco de aborto e aumento da taxa de nascidos vivos; aumento importante de reações alérgicas. O custo anual médio evitável foi de R$1.388.587,71, enquanto o impacto orçamentário foi de R$945.362,97 no 1º ano. Portaria estadual 719/2024 institui GT para elaborar protocolo estadual específico para gestantes e puérperas com risco de TEV, com orientações para uso ampliado da enoxaparina. Conclusões: Este estudo demonstrou benefício em gestantes de alto risco de TEV no perinatal e em puérperas sem anticoagulação no anteparto, mas obteve evidências científicas frágeis para ampliação do uso de enoxaparina, pois há escassez de publicações estratificando a população-alvo nos diversos níveis de risco para TEV e para o tipo de HBPM. Sem novidades nos desfechos de segurança em relação ao PCDT nacional. A análise econômica evidenciou o alto custo médio das internações prolongadas de gestantes para uso de enoxaparina. Decidiu-se por um protocolo estadual com ampliação das indicações de anticoagulação, observando: alta vulnerabilidade desta população; qualificação da assistência, redução da ocupação de leitos e custos de internamentos; tentativa de prevenir morbimortalidade materna.

https://doi.org/10.22563/2525-7323.2024.v9.s3.p.56
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